Na COVID 19, antimicrobianos somente em infecções bacterianas suspeitas ou confirmadas
Na COVID 19, antimicrobianos somente em infecções bacterianas suspeitas ou confirmadas
A importância deste abaixo-assinado
Azitromicina, assim como penicilinas, cefalexina e outros antibióticos têm ação contra determinados tipos de bactérias e não possuem qualquer ação antiviral. Portanto, não têm indicação para o tratamento de infecções causadas por vírus, como gripe, hepatite, resfriado e Covid. Estudos clínicos bem desenhados não tiveram sucesso em provar benefício do seu uso no tratamento da Covid-19. A utilização de azitromicina nem mesmo é indicada para a prevenção de pneumonias comunitárias, pois é ineficaz e traz o risco de seleção e de desenvolvimento de bactérias resistentes.
A prescrição de antibióticos em medicina humana deve seguir critérios de uso racional, que pressupõem indicação clínica precisa, posologia correta, tempo de uso adequado e acompanhamento por profissional qualificado. Esses critérios se aplicam igualmente à azitromicina, que é fortemente não recomendada para o tratamento da infecção com Covid-19 pelas principais sociedades e organizações internacionais envolvidas no controle da pandemia como OMS, CDC, NIH e IDSA.
De acordo com protocolos de uso racional de antimicrobianos, a SIERJ recomenda que a prescrição de azitromicina e outros antibióticos e quimioterápicos antibacterianos em pacientes com Covid-19 deve ser restrita apenas àqueles com evidências de infecção bacteriana concomitante.
Walter Tavares – CREMERJ 52-11268/0
Wania Freitas – CREMERJ 52-53475/7
Elizabeth Neves – CREMERJ 52-34588/9
Tânia R. C. Vergara - CREMERJ 52- 28505/8 Presidente da SIERJ