Proteja as árvores de Jingu Gaien! Repensar o plano de desenvolvimento!

Proteja as árvores de Jingu Gaien! Repensar o plano de desenvolvimento!

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9 de janeiro de 2023
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A importância deste abaixo-assinado

Iniciado por Rochelle Kopp

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A área verde do Meiji Jingu Gaien está ameaçada

Designada como a primeira Área de Conservação da Paisagem do Japão em 1926, Jingu Gaien forneceu aos moradores de Tóquio um oásis urbano por quase 100 anos.

O parque foi milagrosamente preservado como um rica área verde apesar de estar no coração da cidade, contém muitos elementos históricos, está repleto de belas paisagens como a icônica praça em frente à Meiji Memorial Picture Gallery, as fileiras de imponentes árvores gingko  e representa um patrimônio urbano insubstituível.

Esta importante área verde está prestes a ser ameaçada por um grande projeto de redesenvolvimento que começará este ano.

Você sabia que quase 1.000 árvores preciosas estão prestes a ser cortadas sem a aprovação do público?


O “Plano de Redesenvolvimento do Distrito de Jingu Gaien” prosseguiu sem o envolvimento do público


O plano de redesenvolvimento está sendo apresentado por Mitsui Fudosan, Itochu, Meiji Shrine e o Japan Sport Council. Além da reconstrução do Estádio Jingu e do Estádio de Rugby Chichibunomiya, o plano de redesenvolvimento prevê a realocação do clube de tênis exclusivo para membros e a construção de uma alta torre para uso comercial, hoteleiro e de escritórios.


No processo, a área do parque será reduzida e cerca de 1.000 árvores serão cortadas.


Este plano foi aprovado pelo Conselho de Planejamento Urbano do Governo Metropolitano de Tóquio em 9 de fevereiro de 2022.

Muitos moradores de Tóquio podem ter sido informados sobre o plano de desenvolvimento apenas por meio de reportagens de jornal sobre sua aprovação.

Apesar dos apelos para que a cidade ouça as opiniões de seus cidadãos e aja com cautela, o Conselho votou pela aprovação do plano com maioria de votos a favor, dizendo que “houve discussão suficiente”. Esta foi uma decisão tomada sem envolvimento dos residentes, centrada no desenvolvedor do projeto, e com base no pressuposto de que o projeto iria, naturalmente, avançar.


É extremamente frustrante e preocupante que o plano de redesenvolvimento tenha sido decidido sem aviso prévio ao povo de Tóquio e a todo o público japonês.


O Governo Metropolitano de Tóquio divulgou os detalhes do plano em 14 de dezembro de 2021. O período de comentários durou apenas duas semanas depois disso.

Num briefing sobre o anteprojeto do plano realizado no mesmo dia, os moradores que compareceram expressaram suas preocupações, insatisfações, dúvidas e raiva, mas o responsável se limitou a dar uma explicação unilateral e disse que a decisão não poderia ser alterada.

Com uma abordagem tão antidemocrática assim, pode-se dizer que o povo de Tóquio foi devidamente consultado sobre essa reconstrução?


Parece que os responsáveis sabiam que, se o conteúdo do plano se tornasse amplamente conhecido, haveria muita oposição, então apenas um aviso público mínimo sobre isso foi emitido.


Em primeiro lugar, é preciso haver uma divulgação cuidadosa e justa dos detalhes do plano. E mesmo que o plano vá adiante, a cidade precisa reservar um tempo para discutir e trocar opiniões com os moradores de forma aberta.

 

Proteja as árvores centenárias!


Um elemento alarmante desse plano de redesenvolvimento é que mais da metade das árvores existentes no parque devem ser cortadas ou transplantadas.

Muitas dessas árvores são históricas e valiosas.

Cerca de 1.500 árvores já foram cortadas quando o novo Estádio Nacional foi construído. Esse tipo de destruição do ambiente urbano é aceitável?


O slogan "preservação de um ambiente verde exuberante" que aparece no plano proposto não passa de palavras vazias.


As quase 1.000 árvores que devem ser cortadas incluem árvores de 100 anos.

O governo diz que vai preservar as árvores, inclusive transplantando-as. No entanto, transplantar árvores antigas com sucesso é praticamente impossível e, no final, o resultado é o mesmo que se fossem cortadas.

Além disso, a cidade está discutindo os planos para plantar mais árvores posteriormente. Mas as pequenas árvores novas não substituem as velhas e valiosas.


Essa abordagem é enganosa e destina-se apenas a desviar a oposição. Uma vez perdida uma árvore, ela nunca mais poderá ser recuperada.


Esse tipo de destruição ambiental está em contradição direta com a adesão do Governo Metropolitano de Tóquio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e sua intenção declarada de reduzir as emissões de CO2. A cidade precisa revisar o plano para torná-lo consistente com os valores ambientais que defende.


Refaça o plano para que seja um projeto de conservação ambiental do qual possamos nos orgulhar


O Comitê Nacional do Japão do ICOMOS, a filial japonesa do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, uma organização não governamental internacional envolvida na proteção do patrimônio cultural, recomendou formalmente que o Governo Metropolitano de Tóquio fizesse uma revisão no plano de redesenvolvimento. Esta declaração de uma organização internacional autorizada é significativa.

Claro, é imperdoável cortar árvores preciosas de 100 anos mas, além disso, o projeto de redesenvolvimento da área de Jingu Gaien está cheio de outros problemas. Aqui vai uma lista:

(1) É uma grande contradição que o Governo Metropolitano de Tóquio afirme querer criar um "cluster esportivo de classe mundial", mas todas as instalações esportivas do parque que podem ser usadas pelo público em geral, como um campo de softball, campo de treino de golfe, quadras de futsal e centro de rebatidas (os “batting centers”) serão eliminados. Não é justo que a única instalação esportiva que irá restar seja um clube de tênis caro, exclusivo para membros.

(2) O plano não explica por que este projeto é de interesse público e por que é necessário e economicamente viável para os cidadãos de Tóquio.

*O Governo Metropolitano de Tóquio decidiu que os atuais estádios de beisebol e rugby estão desatualizados mas, será mesmo assim? Só a renovação não é suficiente? E qual é o sentido de trocar os locais dos estádios de beisebol e rugby?

* Nós realmente precisamos de outra grande instalação quando o enorme estádio nacional recém-construído fica ao lado? Uma análise do uso projetado e receitas associadas deve ser conduzida e as informações tornadas públicas.

*As opiniões dos fãs de beisebol e rugby estão sendo refletidas? Muitos torcedores se sentem apegados ao estádio atual.

3) As compensações injustas mencionadas acima não foram discutidas apropriada e abertamente. Também não foi apresentada nenhuma informação sobre os atuais níveis de uso das instalações do parque, ou quais instalações substituiriam aquelas que serão eliminadas.

(4) A governadora Koike enfatizou que as icônicas quatro fileiras de árvores de ginkgo serão preservadas, mas o enorme estádio de beisebol a ser construído chegará muito perto delas, e teme-se que suas raízes sejam danificadas. Além disso, a parede externa do estádio ficará ao lado das árvores de ginkgo, o que mudará drasticamente a aparência da área.

(5) A alegação da governadora Koike de que a quantidade de vegetação será aumentada é um completo engano. No plano, gramados e plantações baixas são considerados iguais a árvores com 100 anos de vida. Embora a metragem quadrada simples de vegetação possa estar aumentando, o volume de vegetação está diminuindo.

6) Não há dados concretos ou explicações suficientes sobre o impacto ambiental projetado desta reurbanização. É claro, no entanto, que aumentar o número de arranha-céus e edifícios enormes e, além disso, reduzir o número de árvores resultará em enormes emissões de CO2.

(7) O plano de redesenvolvimento de Jingu Gaien foi concebido antes da pandemia de Coronavírus, e é questionável que nenhuma mudança tenha sido feita no plano para refletir as grandes mudanças nas atividades sociais nos últimos dois anos. É improvável que a sociedade volte a ser como era antes da pandemia. O plano precisa ser fundamentalmente revisto a partir dessa perspectiva.

Dizer que este é um plano imprudente e cheio de problemas é um eufemismo. É incrível que um plano tão ultrajante tenha sido aprovado. Mas ainda há a possibilidade de mudá-lo se nós, como cidadãos, falarmos alto o suficiente. Precisamos levantar nossas vozes e não desistir!

Eu (Rochelle Kopp), juntamente com os signatários desta petição, espero que possamos trabalhar juntos para transformar este projeto de redesenvolvimento em um projeto de conservação ambiental de classe mundial, e que seja o primeiro passo na transição de enfatizar o consumo de massa e desenvolvimento em grande escala para uma abordagem que está mais em harmonia com a natureza.

Solicitamos que o Governo Metropolitano de Tóquio e os desenvolvedores que estão liderando o projeto de redesenvolvimento aceitem a proposta do ICOMOS de "proteger Jingu Gaien como parte do patrimônio urbano" e providenciem alterações apropriadas no plano do projeto.

Em particular, pedimos ao Santuário Meiji, como principal participante deste projeto, que reconsidere sua decisão. A harmonia natural do Santuário Meiji não deve ser perturbada por suas próprias mãos.

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