Elis Regina Carvalho Costa é inegavelmente uma Artista fundamental para a cultura brasileira.

Por imprimir em suas apresentações interpretações impactantes, a sigla MPB surgia nos país para diferenciar a voz de Elis das demais vozes contidas da Bossa-Nova, diante de sua singularidade e preciosidade.

"Pimentinha", como passou a ser popularmente conhecida, foi a primeira vencedora dos Festivais da Música Popular Brasileira na TV Excelcior. 
A partir daí, obteve êxito com o programa de TV "O Fino da Bossa", realizado em parceria com Jair Rodrigues, que ficou no ar entre 1965 e 1967, na rede de TV Record. 
Não satisfeita, subiu mais um degrau junto à relevância brasileira ao ganhar um programa MENSAL na Rede TV Globo, de 1971 a 1972, onde recebia convidados para participações especiais.

Em seu trajetória meteórica, detém no currículo canções que marcaram a história nacional. Dentre a vasta lista, Elis cantou músicas como o "Hino da Anistia - O Bêbado e a Equilibrista", a qual simbolizava e exarava a condição dos exilados políticos na época da ditadura militar no Brasil.

Para muitos a maior cantora do Brasil, em que pese sua breve carreira, Elis Regina nos deixou uma produção vasta, única e magistral, fruto de seus 36 anos de vida.  Porém, apesar de vasto, este material ainda não pôde ser integralmente conhecido pelo público.
Em contramão ao que nos parece que seria sua vontade, as participações de Elis em programas internacionais de TV estão nos arquivos das emissoras e distantes do seu grande público, que vez ou outra conseguem apenas obter pequenos trechos; que tão logo são disponibilizados no YouTube por um anseio de partilha.
E é precisamente por isto, que desejamos mudar esse cenário.

Através deste abaixo-assinado, em nome dos fãs de Elis Regina residentes no Brasil (e por que não dizer no mundo?), pedimos à RTP Radio e Televisão de Portugal - Grupo de Media e Serviço Público (situado à Av. Marechal Gomes da Costa 37, Lisbon), que disponibilize gratuitamente os programas nos quais a cantora tenha realizado participações, a fim de que possamos preservar a memória da maior intérprete que este país já viu.

Elis vive sim em nós, mas também nos livros, gravações, filmagens e demais materiais que existem espalhados por aí, os quais são capazes de reverberar a potência desta mulher perante todas as gerações que estão por vir. E que, portanto, merecem ser compartilhados não por lucro, mas por seu próprio valor histórico.

Nos ajude nessa jornada!