Em defesa da vida

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3 de fevereiro de 2022
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A importância deste abaixo-assinado

MOVIMENTO VIDA ACIMA DE TUDO


Em poucos minutos, um grupo de homens armados com pedaços de pau espancou até a morte o jovem congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, 24 anos, no dia 24 de janeiro, no Rio de Janeiro. Moïse, um jovem negro, fugiu da morte em seu país para ser brutalmente assassinado no Brasil.

Uma barbárie que se repete há décadas no estado fluminense e em várias partes do país. Mais uma tragédia humana é provocada pelo racismo estrutural, a xenofobia, o poder paralelo da milícia assassina e a necropolítica reinante.

Até quando estaremos submetidos a uma brutalidade que nos desumaniza?

O jovem africano, que chegou ao Rio adolescente, foi morto num quiosque, na orla da Barra da Tijuca, e seu espancamento foi filmado por câmeras de segurança.

Não se tem certeza do que provocou o desentendimento entre a vítima e seus algozes, mas nada, absolutamente nada, pode justificar as cenas de terror que o Brasil viu pela televisão, repetidas vezes.

Exigimos esclarecimentos e ações efetivas - investigação, julgamento, punição dos culpados - das autoridades de todas as esferas de poder.

A violência da qual Moïse é a vítima mais recente arrasta uma longa lista de assassinatos, que inclui o da vereadora Marielle Franco, morta a tiros no Rio por milicianos, em 2018. Até hoje não se sabe quem foi o mandante do crime.

A esses assassinatos brutais soma-se uma estatística tenebrosa, que mostra o número de jovens e crianças negras, moradores de comunidades periféricas e favelas exterminadas pelo poder paralelo das milícias cariocas, racistas e impunes.
Moïse talvez não soubesse, mas o Brasil é marcado por séculos de atrocidades. Mais de 70% das pessoas assassinadas em 2021 são negras. Somos o quinto país em número de feminicídios e o primeiro em número de assassinatos de homossexuais e pessoas trans.

Fosse Moïse um homem branco a história teria sido a mesma?

Este manifesto expressa nossa indignação e repulsa pelo que há de pior no ambiente social brasileiro, estimulado pela necropolítica vigente. Em um país que assiste ao esfacelamento de suas instituições, com um governo que despreza a defesa dos direitos humanos, faz pouco caso das milhares de vida perdidas na pandemia e tem como mote a destruição dos marcos civilizatórios, a violência torna-se cotidiana e banal.

Até quando encarnaremos o coração das trevas?
Contra a barbárie e a impunidade. Exigimos justiça!

Já assinaram esse manifesto:

Dom Mauro Morelli
Padre Julio Lancelloti
Leonardo Boff
Babalaô Ivanir dos Santos
Rabino Nilton Bonder
Pastor Henrique Vieira
Padre Ricardo Rezende
Chico Buarque
Gilberto Gil
Juca Ferreira
Zélia Duncan
Itamar Vieira Junior
Pastor Marco Davi de Oliveira - Movimento Negro Evangélico
Frei David
Antonio Carlos Secchin - ABL
Nilza Valeria Zacarias do Nascimento Oliveira - Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito
Carol Proner - ABJD
Tom Farias
Gisele Cittadino - ABJD
Nilmario Miranda
Paulo Vanucci
Marcia Miranda - CDDH Petrópolis
Bete Mendes
Gisele Ricombom - ABJD
Paulo Lins
Cristina Pereira
Osmar Prado
Antonio Grassi
José Luiz Fiori
Claudia Abreu
Paulo Betti
João Melo
Ítala Nandi
Joel Zito
Lilia Schwarcz
Julián Fuks
Malu Mader
Eric Nepomuceno
Ariovaldo Ramos - Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito
José Luís Fiori
Geraldo Carneiro
Lívia Garcia-Roza
Patricia Pillar
Antonio Torres
Carlos Herculano Lopes
Silvia Buarque
Martha Medeiros
Rosiska Darcy de Oliveira
Wagner Tiso
Heloísa Perisse
Ricardo Lodi - UERJ
Hildegard Angel
Lucia Murat
Daniel Souza
Martha Medeiros
Ernesto Piccolo
Monica Salmaso
Denize Goulart
João Vicente Goulart
Leonel Brizola Neto
Carla Madeira
Roberto Berliner
Suely Santos Machado
Editora Olympia


Organizadores:
Adair Rocha
Eliane Lobato
José Bulcão
Regina Zappa
Silvio Tendler

Contamos com seu apoio, assinando e divulgando essa petição pública

 

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