No Campus da UFSC, com cerca de 40 mil integrantes da comunidade acadêmica, percebe-se o problema de mobilidade, com destaque para:

1. As dificuldades de acesso ao Campus (congestionamento); 
2. O aumento do tráfego nas vias internas e externas ao Campus, acarretando o ruído e os riscos de atropelamento;
3. A piora nas condições de trabalho e estudo; 
4. A falta de infraestrutura adequada para o uso da bicicleta e de uma rede cicloviária que conecte o Campus e bairros vizinhos, entre outras deficiências estruturais de apoio ao uso de bicicletas, mesmo que, de maneira geral, a região seja propícia à utilização de bicicletas;
5. A falta de uma política visando a melhoria considerável do sistema de transporte coletivo, agravado pelo fato de muitas linhas terem sido suprimidas durante a pandemia e não mais retornaram;
6. A baixa efetividade do transporte coletivo convive com um alto grau de saturação de veículos particulares nas principais vias, ampliando o tempo de espera e deslocamento dos ônibus,
Esta situação agrava-se em função da ausência de política no Campus visando a estruturação dos estacionamentos de veículos motorizados. Estes encontram-se quase sempre superlotados, e frente a esta situação as medidas reduzem-se  à estabelecer áreas de estacionamento privativo.

Apesar do grande interesse pelo uso de bicicletas e do passeio de pedestres nos espaços públicos, percebem-se iniciativas isoladas de construção de pequenos estacionamentos e de ciclofaixas inseguras.

Em função disso defendemos a implantação da Ciclovia na Rua Dep. Antônio Edu Vieira, a partir da implantação de um binário transitório. Entendemos que esta intervenção, de curto prazo, deva ser aceita e aprimorada, como medida transitória, até que implante-se o Corredor de Transporte BRT (a solução prioritária à região). No binário tansitório,  a rua seria transformada em uma via de mão única: sentido Bairro-UFSC, enquanto o sentido contrário se daria através da Rua Capitão Romualdo de Barros.

Assim a implantação desta solução deve vir acompanhada de medidas atenuadoras, notadamente ligadas à busca de maior conectividade da malha viária, a fim de evitar que o morador do bairro tenha que fazer o contorno de todo o binário para alcançar o seu destino. O objetivo é estabelecer uma distribuição mais justa do espaço publico da rua. Caminhar, pedalar e usar o transporte público deve ser seguro, digno e eficiente para quem depende destes modos de deslocamento. E que seja apelativo para todos, um convite à uma cidade mais sustentável e mais saudável. Com este propósito sugerimos recomendações à implantação do binário transitório. Mas que estabeleça-se um prazo à conclusão da desapropriação de imóveis, com vistas a duplicação da R. Dep. Antonio Edu Vieira e o término da obra do Corredor de Transporte BRT.