Contra a construção da Nova Saída Norte e pontes invadindo o Lago Norte e SMLN!

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27 de abril de 2022
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A importância deste abaixo-assinado

Contra a construção da Nova Saída Norte e pontes invadindo o Lago Norte e SMLN!

Envie um e-mail para consultansn@semob.df.gov.br expressando sua insatisfação com o projeto até o dia 13 de maio de 2022!

Abaixo-assinado CONTRA a construção da Nova Saída Norte e seu complexo rodoviário formado por 16 km de pistas e 23 viadutos, invadindo o Lago Norte e o SMLN com suas duas pontes sobre o Lago Paranoá que não vão resolver o trânsito!

  • Ampliações e alargamento de pistas, construção de pontes e viadutos não vão resolver o problema!
  • Obras grandes recentemente ampliadas comprovam: Epia Sul, EPDB, Ponte do Brageto - insuficientes para desafogar os milhares de carros que transitam. É preciso melhorar o transporte público!
  • Quanto mais pistas e menos opções de transporte público mais incentivos para o transporte individual e mais trânsito!
  • Disrupção do Lago Norte e SMLN com barulho, mais trânsito, destruição do meio ambiente
  • Obras megalomaníacas que ficarão paradas durante anos e não resolvem o problema em ano eleitoral: NÃO!

Segue matéria do jornalista Chico Sant'Anna com mais informações:

https://chicosantanna.wordpress.com/2022/04/20/nova-saida-norte-rumo-ao-retrocesso/

A nova Saída Norte tem números gigantescos: 16,5 km de via, 23 obras de arte (viadutos, pontes, túneis), trincheiras. Só o concreto a ser utilizado, 172.000 m³, daria pra construir dois novos estádios do Maracanã. Essa solução de mobilidade urbana está desconectada com a realidade por que passa Brasília e o Brasil. O incentivo ao uso de veículos individuais não é mais a palavra de ordem. O complexo é proposto num momento em que o mundo inteiro busca mudar a matriz energética, deixando o petróleo de lado, e aposta em novas fontes de energia e de transporte. 

Já no apagar das luzes, o governo Ibaneis resolve tirar do fundo da gaveta o projeto de uma nova Saída Norte, uma espécie de autoestrada que sairá da Avenida das Nações Norte, atravessará o Lago Norte e chegará à BR-20, na altura de Sobradinho. O custo dessa empreitada deve ficar na casa dos R$ 4 bilhões, ou quem sabe até mais. O projeto é antigo, tem mais de uma década, conta até com duas pontes projetadas por Oscar Niemeyer, falecido em 2012. Ele foi gestado nas administrações de José Roberto Arruda (PL) e Agnelo Queiroz (PT) e chega num momento em que as propostas viárias deveriam apontar novos rumos, para não ficarem ultrapassadas rapidamente.

Pela posição geográfica, esse novo corredor deveria ser chamado de Saída Nordeste ou mesmo Leste. Mas o GDF rotulou de Nova Saída Norte. Independentemente do nome, trata-se de uma solução de mobilidade urbana desconectada com a realidade por que passa Brasília e o Brasil. O incentivo ao uso de veículos individuais não é mais a palavra de ordem. O complexo da Nova Saída Norte é proposto num momento em que o mundo inteiro busca mudar a matriz energética, deixando o petróleo de lado, e aposta em novas fontes de energia e de transporte. Mais do que nunca, investir no transporte coletivo e movido a energia elétrica é uma necessidade. Além da crise do petróleo, temos a questão do aquecimento solar, das mudanças climáticas.

Rodoviarismo

No ano passado, segundo pesquisa TomTom Traffic Index, que mede engarrafamentos em 48 países, o tempo extra perdido no DF dentro dos carros, graças aos engarrafamentos e mesmo com a Pandemia da Covid, já equivalia a cinco dias/ano. Um dia a mais do que em 2017. Os engarrafamentos já se formam mais cedo, às 16h, e se prolongam por mais tempo, passando das 20h. Isso, mesmo em vias que foram recentemente ampliadas, como é o caso da Epia Sul que, a partir de 2014, passou a contar com três faixas de cada lado, além da via exclusiva do BRT. Oito anos depois de inaugurada, ela se mostra insuficiente para desafogar os milhares de carros que transitam rumo, ou provenientes, do Entono Sul, Gama, Santa Maria e Park Way. E o BRT-Sul não foi capaz de retirar os carros das vias.

Nova via implicará na construção de um complexo de trevos no interior da Peninsula Norte. Ao longo de todo o complexo, serão 23 viadutos, pontes, túneis e mergulhões.

Em Brasília, as obras viárias costumam ser grandiosas (diria megalomaníacas). Um exemplo é o Complexo da Saída Norte atual, que incluiu a remodelação da Ponte do Bragueto, revitalização de 10 quilômetros de vias, construção de duas pontes, 13 viadutos, seis quilômetros de ciclovias e 17 quilômetros de novas vias e faixa exclusiva, para fazer chegar até Planaltina o BRT-Norte. Ao custo, em 2018, de R$ 1 bilhão, a meta era desafogar um fluxo de mais de cem mil carros/dia. Pelo visto, também não resolverá os problemas, haja visto que o GDF já lança nova Saída Norte.

A nova Saída Norte tem números gigantescos: 16,5 km de via, 23 obras de arte (viadutos, pontes, túneis e mergulhões). Só o concreto a ser utilizado, 172.000 m³, daria pra construir dois novos estádios do Maracanã.

Ao alto, a região da Serrinha do Paranoá, onde mais de cem nascentes já foram cadastradas. A proposta é que as obras seja custeadas com as terras dessa região que dariam lugar ao Taquari 2, onde um novo nucleo habitacional para cem mil habitantes seria erguido. Essa população é superior a do Sudoeste e equivale a cerca da terça parte dos habitantes do Plano Piloto.

Ampliações e alargamento de pistas, construção de pontes e viadutos não vão resolver o problema. Uma mesma leitura vale para a proposta da Interbairros, ou Intercidades, que ligaria Samambaia ao Setor Policial Sul, cortando ao meio o Parque do Guará. O GDF acaba de entregar a nova Estrada Parque Aeroporto, que virou uma autopista, com seis faixas de cada lado. Mas que, ao chegar na EPDB, rumo ao Park Way, já enfrenta engarrafamento. Mais carros virão. Sempre. Brasília possui uma frota beirando dois milhões de veículos, dos quais 71% são individuais – carros e motos. Em contrapartida, as frotas de ônibus e de trens do metrô, além de defasadas tecnologicamente, estão muito aquém das necessidades de uma cidade de mais de três milhões de habitantes, sem contar os habitantes do Entorno, que beiram a casa de dois milhões.

Todos esses projetos tem em comum jogar uma sobrecarga nas vias circulares do Plano Piloto, em especial a Avenida das Nações (L.4) Norte e Sul, a EPIG – que já se vê obrigada a ganhar novos viadutos – na S.4 (em frente ao Cemitério) e a própria Epia. O trânsito ficará ainda mais entalado, fazendo a cidade parar.

Ressalte-se, que embutidos nessas novas saídas, estão projetos de expansão urbana de Brasília, como o loteamento da Serrinha do Paranoá e a criação de um corredor imobiliário entre Águas Claras e o Plano Piloto, que seriam a paga para quem tocasse as obras. Todas essas novas moradias gerariam ainda mais trânsito.

Trilhos

Um projeto para o futuro, que tenha longevidade maior do que oito anos – como é o caso da Epia-Sul – deve considerar uma fórmula de transporte coletivo e ambientalmente correto. Tanto os trajetos da Interbairros, quanto o da nova Saída Norte, podem ser cobertos com transporte sobre trilhos – metrô ou VLT. Inclusive, os danos ambientais na Serrinha do Paranoá – onde já foram cadastradas mais de cem nascentes -, seriam bem menores. O ministério do Meio-Ambiente revelou esse ano que o trânsito de Brasília responde por 53,4% da emissão de Gases de Efeito Estufa. Pelo levantamento, apenas em 2016, foram lançadas no DF 7,23 mil toneladas de Dióxido de carbono (CO2), de metano (CH4), foram 1,5 mil toneladas e 354 toneladas de óxido nitroso (N2O). Embora sem fábricas, a atmosfera de Brasília degrada a cada ano. E não se vê ações do GDF pra inverter isso.

No governo de Agnelo Queiroz, o GDF elaborou um vídeo para apresentar o projeto da Nova Saída Norte:

https://www.youtube.com/watch?v=aFlEXKzLang&feature=emb_logo

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